Por quê mulheres apresentam mais transtonos depressivos e ansiosos que homens?

Por quê mulheres apresentam mais transtonos depressivos e ansiosos que homens?

Mulheres apresentam maiores taxas de Transtornos Depressivos e de Ansiedade do que homens, enquanto estes apresentam maior prevalência de Transtornos Mentais Associados ao Uso de Substâncias Psicoativas, incluindo álcool. Mas, o que explica essa diferença?

Estudos realizados em países ocidentais têm mostrado que 35% da população geral adulta não institucionalizada apresenta algum transtorno mental ao longo da vida. Você conhece quais fatores podem ocasioná-los?

Considerando que o ser humano, e consequentemente sua saúde mental, tem uma formação biopsicossocial, é possível entender o motivo das mulheres apresentarem mais Transtornos Depressivo e de Ansiedade do que os homens, sendo que eles apresentam alta taxa de Abuso de Álcool (que é um depressor)?

Estudos apontam os seguintes indicadores predisponentes para essa incidência:

  • ◽ Psicossociais:
    • Mulheres vivenciam maior influência de pressões sociais, estresse crônico, e baixo nível de satisfação associados ao desempenho de papéis tradicionalmente femininos, ou pela forma diferencial entre gêneros de lidar com problemas e buscar soluções.
    • Maior susceptibilidade a eventos estressantes na infância e adolescência, maior aceitação cultural do medo e comportamento de esquiva em mulheres, e diferentes padrões adaptativos, sendo os homens tendenciosos a usarem substâncias, como a nicotina e o álcool como automedicação, o que poderia mascarar a sintomatologia primária.
  • ◽ Biológicos:
    • Os esteróides sexuais femininos, particularmente o estrógeno, agem na modulação do humor, e a flutuação hormonal entre menarca e a menopausa representariam a predisposição biológica à esses transtornos, sendo este aspecto também altamente afetado por fatores psicossociais, ambientais, e fisiológicos.

Os Transtornos Mentais são um problema de Saúde Pública e, junto a isso, se faz necessário identificar as diferenças de gênero que estão totalmente presentes na incidência, prevalência, apresentação clínica e resposta terapêutica.

Os dados apontados aqui são descritos e discutidos no artigo Epidemiologia dos Transtornos Psiquiátricos na Mulher (Andrade, L. H. S. G. de; Viana, M.; Silveira, C. M., 2006).

Jessika Borges, Psicológa

Jessika Borges Lima Santos
Psicóloga - CRP 03/19305

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