A pressão estética e a busca implacável pela magreza feminina

A pressão estética e a busca implacável pela magreza feminina

"Uma cultura focada na magreza feminina não revela uma obsessão com a beleza feminina. É uma obsessão sobre a obediência feminina."

(Naomi Wolf)

Quando falamos sobre autoestima, geralmente a primeira coisa que vem à cabeça é o padrão estético, e essa não é a única esfera dela, mas é uma das mais destacadas. Precisamos refletir sobre a ditadura da beleza em que as mulheres estão inseridas na sociedade brasileira atual, consolidadas por meio de tecnologias de gênero – instrumentos que operam na subjetividade – como discursos, relações de poder, influência da mídia. Tudo isso culmina nas mulheres em uma comparação (e busca) pelo ideal estético.

Acontece que esse padrão se modifica com o tempo e as variações sociais e culturais, ou seja, não sendo fixo, jamais será alcançado. Daí surgem os procedimentos estéticos cada vez mais específicos e invasivos, os diferentes tipos de dietas emagrecedoras (e grande adesão às dietas restritivas), a oferta cada vez mais diversa de produtos estéticos... E quem lucra com isso?

Bom, um dado rápido que temos de uma dessas esferas beneficiadas é da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica, que aponta que o Brasil é o país com maior número de cirurgias estéticas do mundo.

Assim, se as mulheres estão inseridas na sociedade:

  1. do consumo,
  2. do incentivo à rivalidade/comparação feminina,
  3. e subjetivadas na Prateleira do Amor (à espera de ser escolhida),

há ocupação suficiente para se diminuir e se modificar o quanto for preciso e possível para se encaixar e se sentir pertencente, aceita. Sem refletir, as mulheres são destinadas à obediência cega.

A insegurança feminina VENDE e pode impactar gravemente a saúde mental – quanto mais distante do padrão branco, alto, magro e jovem –, já que “quem não nasce bela, pode tornar-se, ou seja, como um bem de consumo que depende do esforço individual, a beleza deixou de ser uma questão meramente estética para ser um dever ético” (Novaes).

Jessika Borges, Psicológa

Jessika Borges Lima Santos
Psicóloga - CRP 03/19305

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